Web map das localidades oleadas no desastre do petróleo, ocorrido nos anos de 2019-2020, que impactou 50% de toda a linha de costa brasileira, alcançando 11 estados costeiros, 130 municípios, 1.009 localidades, além de 57 unidades de conservação da natureza, entre unidades federais e estaduais.
No total, foram enviadas 318 fotografias, por 90 colaboradores, entre pescadores, técnicos ambientais, servidores do Instituto Brasileiro – IBAMA e do Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade – ICMBio, pesquisadores, estudantes universitários, turistas, jornalistas, dentre outros. A seguir, são disponibilizados o web map, as entrevistas, as publicações científicas e a descrição do projeto.
Entrevistas
Compromiso público
como aliado de la Ciencia
Entrevista para o portal SciDev.Net. 28 nov. 2022.
Entrevista da Dra. Raquel Dezidério Souto para o portal SeciDev.Net, acerca do mapeamento colaborativo das localidades costeiras oleadas, resultante do desastre do petróleo que acometeu o Brasil, entre os anos de 2019-2020, atingindo quase 50% de toda a linha de costa do país. Leia a íntegra on-line.
Ciência Cidadão e o mapeamento de derramamento
de óleo: o caso do Brasil
Entrevista para o INCT-CPCT. Fiocruz. 25 jan. 2023.
Entrevista da Dra. Raquel Dezidério Souto, pesquisadora do Instituto Virtual para o Desenvolvimento Sustentável – IVIDES.org e do Dr. André Cavalcante S. Batalhão, pesquisador do Center for Environmental and Sustainability Research – CENSE, da Universidade NOVA de Lisboa, e do IVIDES.org, que publicaram artigo em que investigam a ciência cidadã como ferramenta para mapeamento colaborativo do derramamento de óleo que afetou a costa brasileira entre 2019 e 2020, o qual foi publicado nos Anais da Academia Brasileira de Ciências – AABC.
Publicações
SOUTO, R.D.; BATALHÃO, A.C.S. Citizen science as a tool for collaborative site-specific oil spill mapping: the case of Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 94, suppl. 2, 2022. DOI.
Souto, R.D. Estudo de caso: Governança Ambiental Participativa e Justiça Social: Uso do mapeamento participativo como ferramenta para análise do derrame de petróleo na costa brasileira em
2019-2020. In: I Volume Horizonte Oceânico Brasileiro: […]. Instituto Costa Brasilis, 2020. p. 201-233.
Descrição do projeto
Apresentação e motivação
A partir do dia 30 de agosto de 2019 (data oficial), foram avistadas diversas manchas de petróleo cru em praias do litoral das regiões Norte e Nordeste do Brasil, chegando até estados da Região Sudeste, nos meses finais. Até o encerramento oficial do monitoramento, em 20 de março de 2020, foram contabilizadas 1.009 localidades atingidas, de acordo com o IBAMA1. Tendo em vista que a extensão da costa atingida pelos eventos, é imprescindível contar com uma rede de informações locais, fornecidas pelos próprios habitantes dos lugares e demais pessoas presentes, a fim de potencializar a coleta de dados a respeito das áreas oleadas e dos danos causados por esse tipo de desastre.
1 Dados dos relatórios obtido do sítio do IBAMA . A localidade foi definida como uma seção de 1 km ao longo da linha de costa, pelo mesmo instituto.
Finalidade
Mapear de modo colaborativo os pontos de poluição por petróleo no litoral do Brasil (especialmente, nas regiões Norte e Nordeste do País), a fim de inferir sobre a extensão dos danos causados pelo evento de poluição costeira por petróleo, pelo desastre ocorrido nos anos de 2019 e 2020.
Colaboração
As informações, fotografias e vídeos foram enviados pelos colaboradores por e-mail ou por um grupo de WhatsApp(c), criado para esta finalidade. A plataforma Google My Maps(c) foi utilizada à época, pela rapidez na criação do mapa e pela rápida curva de aprendizagem para a adoção desta solução. Os colaboradores seguiram os seguintes passos para o envio das informações, fotografias e vídeos:
1o Passo – Tirar FOTOGRAFIAS ou gravar VÌDEOS do local poluído com seu celular (ou câmera);
2o Passo – Registrar a LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA do local(*);
3o Passo – Enviar as fotos por e-mail ou pelo grupo de WhatsApp (c), informando no corpo do e-mail:
- Geolocalização (em coordenadas geográficas, latitude e longitude)
- Tipo da localidade visitada (praia, pico, estuário, manguezal, …)
- Data de obtenção
- Nome da pessoa responsável
- Email da pessoa responsável
(*) Observação: enquanto o colaborador estava na localidade, para saber a sua geolocalização, sugeriu-se:
- usar um aparelho com acesso ao GPS (GNSS) para obter a coordenada; ou
- ativar o ícone de localização do celular e verificar com o Google Maps no navegador de Internet do aparelho; ou
- instalar e utilizar um programa para tirar as fotos com a geolocalização, tais como o SW Maps – GIS & DataCollector (c), APP para Android (manual) ou outro aplicativo de preferência.